Transtorno na saúde

Atraso na compra de quimioterápicos no Ceron preocupa comunidade

Hospital garantiu que problema está sendo resolvido e medicamentos já foram adquiridos; 981 pacientes realizam tratamento no local

Foto: Carlos Queiroz - DP - Centro de Radioterapia e Oncologia atende mais de 900 pacientes atualmente

Por: Helena Schuster
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(Estagiária sob supervisão de Vinicius Peraça)

A falta de medicamentos para tratamento de quimioterapia no Centro de Radioterapia e Oncologia (Ceron), da Santa Casa de Misericórdia de Pelotas, foi motivo de preocupação da comunidade esta semana. O problema foi discutido pelo vereador e presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Pelotas, Marcos Ferreira (UB), o Marcola, na terça-feira (28/02), na sessão da Câmara. Atualmente, 981 pacientes estão em tratamento quimioterápico através do Sistema Único de Saúde (SUS) no Ceron.

Ao Diário Popular, o vereador informou que esteve em reunião com a direção da Santa Casa e que a falta de medicamentos para quimioterapia, causada por um atraso na compra devido a falta de recursos, foi confirmada. "Os pacientes não estão sendo atendidos e isso é preocupante. Vamos trabalhar para encontrar uma solução rápida para ajudar a Santa Casa nesse momento de dificuldade", comentou Marcola.

Em nota, o hospital confirmou que o atraso na compra de medicamentos se deu em razão da falta de recursos oriundos do SUS. A direção garantiu que o problema já está sendo resolvido e que, durante a semana, os pacientes serão informados da chegada dos medicamentos, que foram adquiridos na tarde desta terça-feira. O hospital, no entanto, não respondeu à reportagem quais medicamentos sofreram atraso na compra nem quantos pacientes foram atingidos pelo problema.

O comunicado afirmou, ainda, que os problemas financeiros da Santa Casa são de conhecimento da gestão municipal e que, durante reunião com o vereador Marcola, foram apresentados os déficits e números de produção do hospital, e também firmado o compromisso de buscar, junto à esfera municipal, o equilíbrio de custeio do SUS. "O hospital lamenta os episódios em que a comunidade é prejudicada, por isso, conta com o apoio das autoridades públicas para que fatos como esse não ocorram mais", finaliza o texto.

O que diz a Prefeitura

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também se manifestou. Através da assessoria de imprensa, a titular da pasta, Roberta Paganini, informou que a SMS não recebeu nenhum comunicado da Santa Casa sobre a situação. "Repassamos, em janeiro, um adiantamento de R$ 400 mil para a Santa Casa regularizar o funcionamento da oncologia", diz.

Os recursos da média complexidade, referentes a março, também foram pagos adiantadamente na terça-feira. Em contato com a direção da Santa Casa, a secretária também foi informada que uma nova remessa de medicamentos deve ser recebida ainda nesta semana.

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